Psicologia - Ciência que estuda o Homem e os seus comportamentos, as suas acções e respectivas causas;
Direito - Sistema de regras que visa regularizar as acções dos sujeitos, define regras e sanções penalizadoras daqueles que transgridem as normas (jurídicas).
Olhando estas definições generalistas (mas não únicas) percebemos que tanto a Psicologia como o Direito debruçam-se sobre a previsão, explicação e controlo do comportamento humano, sendo que, a intervenção, métodos usados e a finalidade de ambos são distintos.
O ser humano está presente em ambos os casos, o que, desde logo, é um factor legitimador da aproximação entre ambas as áreas; num lado é alvo de estudo científico, do outro é-lhe imposto padrões comportamentais como meio regulador do comportamento humano.
Está visível a legitimidade desta ligação, sendo que tal facto não retira determinados cuidados e dificuldades que surgem com este "casamento": a diferença de objectivos, o entendimento de causas comportamentais, a aceitação de verdades absolutas, as diferenças linguísticas e de conceitos, entre outras, que são todos factores que precisam de ser trabalhados por parte dos dois lados, promovendo assim, uma comunicação saudável e útil para toda a sociedade.
Termino deixando uma premissa para reflexão: Quanto maior for a procura da Justiça de não ser apenas declarativa e repressiva, mas sim construtiva de comportamentos e relações sociais e humanas, maior vai ser a ligação entre o Direito e a Psicologia.
Sem comentários:
Enviar um comentário